Professor Egidio Trambaiolli Neto
- Qual
foi a parte que você mais gostou de criar no livro “Na Bucha”?
O momento
em que João acaba
encontrando com os monstros da falta de higiene.
João e um dos monstros da sujeira
- Como
surgiu a ideia para escrever esse livro?
Eu fui palestrar em uma escola e,
em conversa com uma das professoras, ela relatou que estava preocupada com um
aluno que não tomava banho e, por causa disso, sofria bullying. Para completar os demais alunos da escola deram-lhe um
apelido pejorativo, que estava se espalhando pela escola, deixando o garoto
rotulado. A partir desse fato, idealizei uma história com esse contexto, mas
com um desfecho ligado ao que a falta de higiene poderia acarretar à saúde da
personagem.
- Qual
estilo literário mais atrai você para escrever?
Gosto muito de inventar, por
isso, o fundamento literário é o veículo para as minhas criações,
principalmente quando o contexto está diretamente ligado a eventos naturais que
endossam a história criada.
- Qual
é o livro de sua autoria que é o seu favorito?
Essa é a pergunta mais difícil
que se faz para um autor. Seria como perguntar: qual é o seu filho favorito.
Por isso, digo que são todos.
- Qual
foi o elogio mais bonito que já recebeu de um leitor?
Que eu fui um anjo para uma
família do Timor Leste, tudo porque uma menina leu meu livro Síndrome de Quê?
para o pai, que costumava bater na filha mais nova, que nasceu com problemas
mentais ocasionado por um parto traumático durante o período de guerra civil
daquele país. Esse pai, por questões religiosas, não aceitava ter uma filha com
necessidades especiais, mas quando a filha mais velha leu a história do meu
livro para o pai, ele chorou profundamente e abraçou a filha caçula, como se
pedisse perdão, e a menina, apesar das surras que já havia tomado, olhou para o
pai e retribuiu com um sorriso.
Puxa vida! Ou seria Bucha Vida?
ResponderExcluirEu fiquei emocionado com essa história da menina de Timor.
Parabéns professor Egidio, seus livros são poderosos!
O poder do saber supera a ignorância dos que se acham poderosos.